quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

UM ANO NÃO TÃO NOVO, COM PROBLEMAS JÁ TÃO VELHOS

Sim, feliz 2014 para todos e todas! Mas que não caiamos na ilusão de achar que tudo mudou, que tudo de ruim ficou no fundo da taça de sidra, ou ainda, que os fogos de artifício trazem um espirito de novidade. O mundo é o mesmo, e, os problemas e as lutas, idem. Ainda assim, um 2014 de muita luta e de muita arte para todos e todas!!!

Desejos de Ano Novo
“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. 


Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para adiante vai ser diferente.

Para você, desejo o sonho realizado. O amor esperado. 
A esperança renovada. 


Para você, desejo todas as cores desta vida. Todas as alegrias que puder sorrir, todas as músicas que puder emocionar. 


Para você neste novo ano, desejo que os amigos sejam mais cúmplices, que sua família esteja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida.
Gostaria de lhe desejar tantas coisas. Mas nada seria suficiente para repassar o que realmente desejo a você. Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos. Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto, rumo à sua felicidade!” 
 

Carlos Drummond Andrade (Itariba, 31/10/1902 – Rio de Janeiro, 17/8/1987)
Poeta, contista e cronista brasileiro, licenciado em Farmácia.


terça-feira, 5 de novembro de 2013

Ao Carlos,

Carta em homenagem ao Marighella, Lamarca, e a tantos outros Carlos que vivem e morrem pela revolução. Por Iohann Iori.

Ao Carlos,

Querido Carlos, venho por meio desta dizer-te palavras singelas.
Espero que as receba. Aqui a coisa ta feia, ainda muito soco, pontapé, marcas de cigarro e alfinetes de gravata embaixo de nossas unhas.
Mas não temos medo não, pois você nos ensinou algumas coisas.
Uma delas é que o dever de todo Revolucionário é o de fazer a revolução.
Outra delas, é que o dever de todo Comunista é nunca deixar de sorrir e acreditar.

A morte é para o corpo e mente, mas não para sonho de liberdade.
Então, um dos nomes que a liberdade tem, além de tantos, é Carlos.

Forte abraço.

Att,

Iohann Iori Thiago

terça-feira, 29 de outubro de 2013

A Psicologia e o Teatro

por Iohann Iori



A Psicologia não pode ficar neste modelo velho, retrógrado. Não podemos aceitar que continuemos a lidar com a Psicologia como apenas o "Estudo da Mente". Ela tem que e precisa estabelecer relação, quebrar a parede de vidro que se coloca entre o Sujeito e o Psicoterapeuta. Assim como no Teatro, em que outras propostas foram feitas a partir daquela que se coloca e se colocava como hegemônicas, com quarta parede. Em que as pessoas que iam ali para assistir, assistiam uma estória que nada tinham a ver com elas. Quebrou-se isso, o Teatro tem que ser interativo, participativo! E não é diferente com a Psicologia.
Muita gente pode dizer: - Mas é o estudo da pessoa, e tudo que ela sofre é por causa da família. Mas e essa família? Ela não esta localizada geograficamente? Não tem um contexto geopolítico um contexto histórico-social? Claro que tem! E não podemos achar que o sujeito é um sujeito isolado com "problemas" isolados! Pior ainda é fazer julgamentos morais. Falar que a pessoa precisa encontrar uma determinada religião durante o Psico tratamento, e dizer que o problema daquela pessoa é ter uma família desestruturada, sejam dois pais, duas mães, um pai, uma mãe, vó, vô, tutores e etc. É exatamente a mesma coisa, praticamente o mesmo julgamento moral. Claro que o Psicoterapeuta não é um sujeito isolado também, mas precisa, por dever da profissão, ter generosidade e solidariedade para com aquele Sujeito. E não Julga-lo.
Temos que transpor estas barreiras, estabelecer a relação entre Psicoterapeuta e Sujeito. Só assim nós, Psicólogos e Psicólogas conseguiremos atuar e auxiliar este sujeito, é a única forma. E não olhando por trás de uma parede de vidro, distante, analisando o sujeito como coisa, ou ainda pior, como mercadoria!!!

O Movimento Nossa Leste

O Movimento Nossa Leste que atua em diversas frentes, como educação, saúde, cultura entre outros, convocou a ministra da cultura Ana de Holanda para que o movimento expusesse suas demandas. A zona leste de São Paulo tem mais de quatro milhões de habitantes, o que representa 40% da população da cidade e 10% do Estado de São Paulo. É uma região “feita” e na qual habitam, sobretudo, trabalhadores, talvez por isso a ausência de equipamentos públicos, falta de infraestrutura etc. Ou seja, aqueles que produzem a riqueza da cidade, não tem acesso a ela.
A “visita” foi agendada para o dia 24 de fevereiro, uma sexta-feira às 15:00h. Foi divulgado pelas redes sociais e por e-mails, no entanto, a certeza absoluta da presença da ministra ninguém tinha. Tanto que se marcou mais uma reunião no mesmo dia, só que mais cedo, justamente para que se a ministra não viesse, pelo menos, as pessoas teriam se reunido e dado continuidade a um processo de organização que vem acontecendo.
Na noite anterior, recebi um e-mail sobre o cancelamento de um prêmio lançado pela Secretaria da Diversidade, o Aretê. O e-mail afirmava que entre os premiados havia mais de 122 instituições, das quais pertenciam alguns grupos culturais e duas centenas de mestres. Foi também na noite anterior que foram feitos os últimos ajustes na carta da RBTR, não no que diz respeito aos pontos reivindicativos, mas sobre a redação da mesma.
No dia 24, pela manhã, nos reunimos no mesmo espaço onde, a tarde, estaria a ministra: o salão paroquial da igreja “do padre Ticão”, como se costuma dizer. O padre milita junto aos movimentos sociais desde os anos 1960. Sobre a organização dos movimentos culturais que se espalha por todo o Brasil, o padre afirma que vivemos “a primavera da cultura”.
Ainda nesse dia pela manhã, o portal Terra informava que a arrecadação teve novo recorde. Só em janeiro, 102,579 bilhões, 6,04% a mais que janeiro de 2011 e a expectativa é que supere o ano anterior, logo, que ultrapasse um trilhão de reais em 2012. É muito dinheiro. Mas para onde vai tanto dinheiro? Por que não chega na cultura? Por que não se consegue destinar 10% para a educação? Enquanto isso, dá-lhe superávit primário... pagamento de dívidas públicas que já foram pagas muitas vezes... isso come mais de 30% de tudo.
A comitiva, para não dizer o séquito da ministra, era grande. Três secretários, representação regional, um deputado federal, um estadual e uma vereadora e mais algumas pessoas que adoram estar ao lado de autoridades e que não merecem serem citadas.
A ministra chegou um pouco atrasada, alguns minutos, apenas, é importante dizer. E, apesar de ser mais de três da tarde, foi logo dando bom dia, em largo sorriso. Mas a reunião foi pontual, já havia começado, sendo coordenado por pessoas do movimento e as secretárias Claudia Leitão (Economia Criativa) e Márcia Rolenberg (Diversidade), estavam na mesa e solicitaram que houvesse uma apresentação dos presentes na plenária, de forma a conhecer artistas e entidades da região leste. O que foi feito. Quando chegou a minha vez, disse a que grupo pertencia e onde atuava, afirmei ser do Movimento de Teatro de Rua, mas que estava ali em nome da Rede Brasileira de Teatro de Rua, que havia me incumbido de entregar um documento à ministra e caso ela não viesse seria entregue para elas, as secretárias. Depois das apresentações teve as falas da vereadora Juliana Cardoso, deputado estadual Adriano Diogo que se limitou a dizer boa tarde e disse que o melhor era que a plenária se manifestasse. Seria a vez de Vicente Cândido, mas este estava ao telefone e a ministra já estava na mesa, então ela falou.
A ministra em sua fala afirmou ter fortes vínculos com a cultura popular, lembrou-se que já havia dado uma oficina ali perto, em São Miguel Paulista (a reunião foi em Ermelino Matarazzo, bairro vizinho a São Miguel), tornou a lembrar de Osasco (onde atuou como secretária de cultura), afirmou da importância em se conhecer a respeitar as realidades de cada lugar, que a verba pública não pode ser para os consagrados e que a implantação da economia criativa é a possibilidade das pessoas viverem de seus trabalhos. Por fim, discordando de uma fala da vereadora Juliana, afirmou que museu não é coisa de elite. Claro que tudo isso é o resumo do resumo de uma extensa fala.
Quebrou-se o protocolo e a fala voltou pro deputado federal Vicente Cândido, que falou da necessidade de sensibilizar a sociedade e os parlamentares para se conquistar leis e mais orçamento para a cultura, pois o Brasil está em pleno crescimento econômico, falar de alguns milhões para a cultura já não é algo distante. Em breve seremos a quinta economia do mundo...
Depois as secretárias falaram de suas pastas. Nesse momento chegou o secretário Roberto Peixe, que também falou. Ele que cuida da integração de Estados e municípios ao Sistema Nacional de Cultura cobrou para que nós, movimentos organizados, cobrássemos para que São Paulo assinasse, pois nem o município e nem o Estado aderiram ainda ao SNC. No entanto, 18 Estados e mais de 800 municípios já aderiram. A Márcia falou do Cultura Viva e a Claudia Leitão, toda orgulhosa, mostrou o primeiro edital de sua secretaria, que está aberto. Destaco algumas de suas falas: sua pasta pensa a cultura como eixo do desenvolvimento; é preciso pensar e investir no empreendedorismo, para tanto está juntos com diversos outros ministérios; os empreendedores precisam de crédito; a cultura deve ser vista como negócio; é preciso pensar a inclusão e a sustentabilidade. Os termos produto, crédito, negócio e sustentabilidade foram recorrentes em sua fala.  
Quando abriu para a plenária fui o primeiro a falar. Disse meu nome e qual era a minha função ali e fiz uma rápida apresentação da RBTR e depois disse que a carta tinha apenas duas páginas, mas a pasta estava pesada, pois junto com a carta havia diversos materiais, como revistas e livros, que foram publicados graças as políticas públicas. Entreguei a carta e as revistas do MTR/SP, livro e caderno do Buraco d´Oráculo, revista do Pavanelli, livro da Estável, caderno dos Inventivos e revistas do Rosa dos Ventos. Não quis lê a carta, pois tive a necessidade de falar a partir das falas, mas antes destaquei quais eram os pontos presentes na carta, quais as reivindicações e que esses pontos iam ao encontro das falas da ministra e das secretárias.
Tomando o que havia sido dito sobre a ligação com a cultura popular e a preocupação de todas as falas em descentralizar os recursos, tônica de tod@, comecei falando que o prêmio Aretê, de 2010, não havia sido pago e nem o edital do Procultura de 2010 e lembrei que esse governo é de continuidade. Na provocação, disse que parece haver um movimento mundial de reinvenção do capitalismo, tomando a cultura como ponta de lança e que as proposições da economia criativas parecem ir a seu encontro. Se os enlatados, os musicais do teatro da Av. Brigadeiro Luis Antônio em São Paulo (sede dos musicais), que usam leis de renúncia fiscal, como a Rouanet, pegando milhões – e que é dinheiro público – se esses não são sustentáveis, por que, nós, grupos teatrais ou mestres populares, precisaremos ser sustentáveis?
O segundo a falar foi Adriano, do Pombas, que focou mais nos pontos de cultura, mas também falou da RBTR e também entregou a carta à ministra e depois registrou quando eu entreguei. Logo, a ministra recebeu a carta duas vezes. A representação estadual, o Valério, também recebeu.
Teve perguntas da plenária sobre os direitos autorais e que a ministra até falou um pouco. Não respondeu propriamente mas falou no assunto, afirmando que ela também usa a cultura digital, que é importante, mas até onde vai isso é o que estão discutindo. Querem levantar o que é de domínio público para digitalizar e disponibilizar, mas é preciso criar marcos regulatórios sobre aquilo que não é. Enfim, nem tudo é livre. Quanto as demais questões, do meu ponto de vista, acho que ficaram sem respostas.
Sobre as questões do Aretê e dos pontos de cultura a Márcia falou. Quanto ao Aretê, a justificativa para o cancelamento é que havia irregularidades. Ponto. Sobre o edital do Procultura de 2010, nada. Ninguém falou nada. Miriam Muniz. Nada.
Quanto a economia criativa. A Claudia Leitão, fez questão de responder diretamente para mim. Afirmou que eu estava errado, não se trata de reinvenção do capitalismo sangrento, É JUSTAMENTE O CONTRÁRIO. Pediu para que eu lesse o plano no site. Aliás, muitas das questões eram respondidas, com o simples, “vocês precisam acessar a internet e lê lá no site, está tudo lá. Não acreditem no que dizem por aí. Vá no site do Minc.”
Sabendo que temos um site salvador, fomos para nossas casas, depois de mais de duas horas de reunião. O Movimento Nossa Leste solicitou novo retorno em junho, na última semana, mas dessa vez com respostas práticas ao plano de metas entregue à ministra e toda a sua comitiva.
Enfim, o extenso relato finaliza por aqui. Mas antes é preciso deixar claro uma sensação que ficou, não apenas em mim, mas também em outros companheiros que lá estavam: a ministra está mais forte do que nunca. O discurso é coeso. O termo equipe apareceu algumas vezes. E há quem diga que Roberto Peixe, que era a voz discordante, agora aliou-se de vez. Nunca confiei em peixe fora d`água.
E agora José?
Adailton Alves

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Uma só Bandeira, Uma só Voz!

 Muitos são os movimentos, ativistas e militantes da cultura, e mais especificamente do teatro, que se organizam, pensam ações de impacto, palavras de ordem, elaboram, debatem e tentam realizar projetos de transformação de nossa dolorosa realidade. Para além do debate acerca da viabilidade de transformações sociais profundas em tempos recordes, como seria nosso desejo - mas que a História tem ensinado que não é assim que suas dinâmicas se realizam - creio que é preciso unificar movimentos e suas demandas de origem, buscando bandeiras comuns capazes de concentrar forças e energias.  No atual panorama, parece-me que os artistas/trabalhadores de teatro parecem cada vez mais dispostos, organizados e preparados para a ação, todavia, parece-me também que falta-nos ainda tal unificação. Neste sentido, proponho que unifiquemos forças e ações em torno de uma bandeira primordial para o desenvolvimento teatral em todo o país: o Prêmio Teatro Brasileiro.

Embora haja um certo número divergências sobre como o PTB se estrutura, por quais corredores lícitos ou ilícitos de Brasília se movimenta, ou qual a redação final real ou ideal ele terá, é preciso que as pessoas que formam os diferentes movimentos encontrem-se em torno da mesma mesa, façam uma análise de conjuntura coerente, tracem estratégias e ações táticas pertinentes e possíveis para que possamos tornar o PTB uma realidade.

Embora na superfície haja diferenças ideológicas significativas nos posicionamentos de cada movimento, não há objetivos divergentes entre eles a ponto de inviabilizar uma luta conjunta. Seria estranho e perigoso se houvesse mais semelhanças entre movimentos teatrais e os deputados que emperram o desenrolar do PTB do que entre os militantes do Teatro Brasileiro. Para qualquer artista de teatro engajado os lados parecem estar bem definidos e o chão devidamente riscado: de um lado os que querem um instrumento para o desenvolvimento do Teatro Brasileiro e do outro os que não o querem. Simples assim.

sábado, 7 de abril de 2012

Quantas vozes

 por Luiz C. Checchia

para os amigos do Manjericão, de Porto Alegre

É tão interessante quanto assustador a forma como a criação e a execução artística atraí diversas vozes que querem falar por elas. São, em sua maioria, críticos, acadêmicos e comunicadores que transpõem sem pudores a linha que separa a reflexão sobre a obra e a interferência sobre ela. Dessa forma, tais vozes tornam-se "co-criadores", "juízes" e mesmo "carrascos" das obras.

Oras, é claro que a todos é dado o direito à reflexão, à crítica, ao posicionamento favorável ou desfavorável a respeito de uma obra de arte; não é saudável pensamos que temos que aceitar toda e qualquer criação artística simplesmente porque ela existe. Todavia, é fundamental e necessário que o crítico/acadêmico/comunicador se coloque na justa posição de mediador entre a obra e o público, debatendo questões técnicas, estéticas e mesmo éticas que a envolvem, sem, todavia, tomar o texto da mão do diretor e dizer ao elenco como é que as coisas devem ser feitas a partir de agora. Por outro lado, é cada vez mais premente que artistas e técnicos saiam da condição de "tarefeiros inspirados pelas musas" e dominem cada vez mais os intrumentos de análise e de crítica sobre a arte em geral e a sua produção em particular.

Se todas as vozes são necessárias para compor a multifacetada sociedade democrática e participativa que almenjamos todos, é mais que necessário evitarmos a cilada do chamado "discurso competente" - cuja voz troante e assertiva tende a ocupar todo o ambiente de debate - e passarmos a ouvir o que todos têm a dizer. Sobretudo, ouvirmos o que artistas competentes e experiêntes têm a dizer sobre sua obra e por meio dela.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A Força de um Coletivo

por Luiz C. Checchia





A Rede Brasileira de Teatro de Rua realizou seu décimo encontro na cidade paulista de Santos, entre os dias 26 e 30 de janeiro passado. Articuladores de onze estados brasileiros estiveram presentes debatendo suas realidades locais e demandas nacionais. Depois de tantas horas de debates intensos fica-nos uma certeza: é cada vez mais premente a necessidade de lutarmos pela causa da Arte Pública. Todo e qualquer produtor que desejar fazer de sua arte uma mercadoria tem o direito de fazê-lo; mas é fundamental que todo e qualquer artista que perceba sua arte como expressão de uma cultura possa oferecê-la gratuitamente aos povos em condições dignas de trabalho e existência.

Por isso, por crermos na arte como expressão dos povos, das culturas, da condição humana e suas contradições históricas e sociais é que a Rede Brasileira de Teatro de Rua reafirma sua luta pela arte pública e pelo direito ao trabalho digno de todos os artista. Mas é preciso que esse importante coletivo ao qual a Cia Teatro dos Ventos faz parte se fortaleça cada vez mais, agregando mais e mais articuladores por todo o país. 

Se esperamos por um Brasil sem miséria, que dele seja erradicada não somente a miséria econômica, mas também a simbólica. Que a nossa maior riqueza - a nosso cultura - seja valorizada e dignifique tanto o público quanto os artistas.


foto: Espetáculo A Farsa do Advogado Pathelin, com o  Grupo Rosa dos Ventos, direção Roberto Rosa.
Clic de Antônio Sobreira